O que é Método PEPS, como funciona e para que serve?

Ter um controle de estoque eficiente é indispensável ao bom funcionamento de qualquer tipo de negócio. Nesse sentido, o método PEPS tem muito a contribuir, pois é capaz de otimizar uma série de aspectos.

Dentre eles, o giro de estoque, os custos de aquisição e, consequentemente, os lucros.

Por isso, se você quer saber como aplicar essa técnica na sua empresa e garantir melhores resultados, evitando desperdícios de matérias-primas e perdas em geral, confira este post até o final!

O que é Método PEPS?

A sigla “PEPS” significa “Primeiro que Entra, Primeiro que Sai” e é a tradução do termo em inglês “FIFO”, que quer dizer “First in, First out”.

Em outras palavras, as mercadorias que entraram primeiro no estoque serão as primeiras a saírem da empresa. Logo, a ordem cronológica de entrada dos produtos é determinante para estabelecer a ordem de saída.

Fazendo uma análise mais profunda, o preço de venda do produto é calculado conforme o custo do estoque mais antigo. Ou seja, as primeiras unidades serão comercializadas com base no valor das primeiras compras.

Tal lógica, obviamente, se repete para os próximos lotes, mantendo como padrão para precificação seus preços de custo ou aquisição. 

Nesse caso, ao tomar como base o preço de compra mais antigo, o objetivo é manter o lucro real do produto. Assim, a estratégia garante maior segurança ao controle de estoque, sem perder de vista a margem de lucro.

Como o Método PEPS é utilizado?

Para utilizar o método PEPS dentro de uma empresa, não é difícil. Basta ter em mente que será necessário recorrer à tecnologia. Isso porque, alguns aspectos devem ser monitorados e, mais do que isso, integrados.

De tal modo, um sistema de gestão de boa qualidade será capaz de controlar os seguintes pontos principais do negócio: espaço físico do armazém, alocação das mercadorias e entrada e saída dos produtos.

A partir dessa análise, três funcionalidades básicas merecem maior atenção para que se mantenha a organização das mercadorias:

  • Controle de cargas recebidas;
  • Registro de preços;
  • Gestão de estoque propriamente dita.

1. Controle de cargas 

Controlar de maneira eficaz as cargas recebidas exige que todas as informações fiscais e físicas de todos os produtos e lotes sejam rigorosamente registradas. 

Por isso, o processo demanda atenção na hora de conferir, anotar e organizar os dados coletados. Caso contrário, todas as etapas posteriores, como consultas de todos os tipos, são prejudicadas.

2. Registro de preços

O segundo fundamento primordial à boa organização do estoque é o registro de preços, o qual deve ser feito através da catalogação do valor de cada item. 

Na sequência, os dados registrados são usados para compor o preço de venda dos produtos.

3. Gestão de estoque

Para concluir o processo, é chegado o momento da gestão de estoque, de modo mais específico. 

O intuito desta etapa é monitorar como andam os estoques da empresa, o que envolve, por exemplo, contagens recorrentes e uso de maquinário em boas condições, a fim de evitar perdas de insumos.

Com isso, é possível planejar o reabastecimento dos produtos de acordo com a demanda do mercado.

Qual o impacto do Método PEPS no setor financeiro?

Bem como foi visto até aqui, no método PEPS o preço de aquisição de um produto é decisivo na hora de compor o seu valor de venda. Dessa forma, caso o preço de custo aumente, o valor repassado ao consumidor também sofrerá um ajuste.

Entretanto, quando a empresa utiliza o método incorretamente ou não consegue manter o estoque alinhado, seguindo essa premissa, passa a ocorrer uma imprecisão nos valores de venda

Afinal, ao perder esse controle, as mercadorias com preços mais inflacionados acabam tendo menos saída. No cenário contrário, as vendas até se mantêm, mas com valores abaixo da margem de segurança, os lucros despencam!

Por que é importante controlar o estoque?

Você já deve ter notado que o estoque é um tema que pode ser responsável tanto pelo sucesso, quanto pelo fracasso das vendas. Exatamente por isso, é imprescindível o investimento em uma gestão de qualidade.

Contudo, só é possível desempenhar bem essa missão se houver o devido controle sobre os gastos com matérias-primas, o volume de mercadoria vendida, o custo com equipamentos e funcionários, entre outras variáveis.

A partir do acompanhamento desses índices, muitos benefícios podem ser proporcionados ao negócio, como por exemplo:

  • Redução de perdas e prejuízos com produtos em estoque;
  • Identificação das mercadorias que mais e menos vendem;
  • Maior controle dos pedidos de venda;
  • Precisão dos números.

O que é o Método UEPS?

Além do PEPS, existe o método UEPS, onde a premissa é exatamente contrária a tudo que foi visto até agora. 

Na técnica UEPS “Último que Entra, Primeiro que Sai”, tradução para “Last In, First Out”, ou apenas LIFO —, os cálculos de custo de estoque têm como base as últimas mercadorias que entraram no estoque.

Logo, todos os itens serão vendidos com preços que consideram os seus últimos valores de compra.

Embora seja considerada mais lucrativa, devido à supervalorização da precificação, a estratégia não é permitida pela legislação fiscal. Isso porque, acontece uma redução no valor que é tributado à mercadoria.

Do que se trata a técnica do Custo Médio Ponderado?

O método do custo médio ponderado também é muito conhecido quando o assunto é controle e precificação de produtos em estoque. Assim como a técnica PEPS, a metodologia é perfeitamente aceita pela legislação (diferente do UEPS).

Na prática, o processo é simples, pois o valor total de custos com aquisição ou produção de mercadorias só é dividido pela quantidade total de itens

Exemplo

Para produzir 80 pares de tênis, foram gastos R$ 7.500,00. Portanto, temos:

  • Custo Total = R$ 7.500,00
  • Quantidade Total = 80 pares

Logo:

Custo Total ÷ Qtd Total   =  7.500 ÷ 80   =  R$ 93,75

Concluímos, assim, que o custo de R$ 93,75 se refere ao valor médio de produção de cada par de tênis. 

Ao conhecer esse índice, se torna mais fácil precificar a mercadoria e definir uma margem de negociação.

Qual a relação entre equipamentos e estoque?

Seja qual for a técnica escolhida para controlar o estoque da empresa, é essencial que além de boas ferramentas tecnológicas, os equipamentos acompanhem as exigências do mercado.

Em outras palavras, é indispensável aos resultados do negócio que o maquinário seja moderno e capaz de otimizar processos e aproveitar adequadamente a matéria-prima.

Afinal de contas, com maior precisão quanto ao rendimento dos insumos, menores são as chances de imprevistos e custos adicionais durante a produção.

Portanto, conte com máquinas de alta performance, como as ensacadeiras automáticas da Embrasack, que garantem o aproveitamento máximo de pós, grãos, farelos, pallets e micronizados.

Quer saber mais sobre gestão de estoque, controle de matéria-prima e produtividade? Então leia também:

  1. O que é controle de matéria-prima e como realizar?
  2. Eficiência industrial: 8 Erros que acabam com a produtividade
  3. Acuracidade de estoque: qual a importância desse conceito?
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