Planejamento e Controle de Produção industrial: o que é?

A maneira que a indústria tem de garantir que sua demanda seja produzida no tempo certo, na quantidade adequada e no lugar estipulado é adotando o PCP, o Planejamento e Controle de Produção.

Por meio dessa estratégia, é possível planejar, organizar e verificar se o processo produtivo está ocorrendo como previsto. 

Somente assim, a qualidade dos produtos e os prazos podem ser satisfatórios, evitando desperdícios, otimizando os resultados e, principalmente, se destacando no mercado.

Quer saber como colocar o PCP em prática e melhorar os números da sua empresa? 

Então continue a leitura deste artigo até o final!

O que é Planejamento e Controle de Produção?

O Planejamento e Controle de Produção é a área que coordena e aplica os recursos de uma empresa, a fim de cumprir com o que foi estabelecido pelos planos estratégico, tático e operacional.

Ou seja, cabe ao setor de PCP garantir que a produção de uma fábrica transcorra da melhor forma possível, sendo capaz de produzir bens e serviços de acordo com o planejado.

Resumidamente, para que isso possa acontecer, é preciso que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade correta, no momento exato e dentro dos padrões de qualidade exigidos.

Para que serve o PCP?

Dentre os objetivos diretos e indiretoS do Planejamento e Controle de Produção, podemos listar os principais:

  • Programação da produção;
  • Carregamento de máquinas e postos de trabalho;
  • Sequenciamento e priorização da produção;
  • Monitoramento da produção.

Confira detalhes sobre cada um:

1. Programação (quando produzir?)

A base de qualquer tipo de planejamento é a programação. Por isso, a primeira tarefa do PCP é perguntar “quando produzir?”, o que é feito avaliando a demanda total a ser produzida.

Basicamente, existem duas formas de programar tal produção: 

  • Para frente, programando a execução das atividades para o primeiro momento em que os recursos chegam;
  • Para trás, determinando qual momento a tarefa deve estar concluída e a partir daí programando as atividades para que tal prazo seja cumprido.

2. Carregamento (quanto e onde produzir?)

Outra finalidade do PCP é olhar para o carregamento de máquinas e postos de trabalho. Isso significa que suas capacidades devem ser definidas perguntando “quanto e onde produzir?”.

Além disso, vale frisar que o carregamento pode ser definido de duas maneiras:

  • Carregamento finito, onde cada etapa do processo produtivo tem sua capacidade medida, sendo recomendado apenas para o posto gargalo da produção;
  • Carregamento infinito, o qual recomenda-se o uso para os demais centros de trabalho.

3. Sequenciamento (em que ordem produzir?)

Na terceira etapa, o intuito do PCP é perguntar “em que ordem produzir?”. Em outras palavras, é hora de sequenciar, estabelecer a melhor ordem para executar as operações.

Aqui, é necessário determinar, dentre outras coisas, quais produtos terão maior ou menor prioridade. Para tanto, duas estratégias são utilizadas:

  • FIFO (First In, First Out) ou PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair);
  • LIFO (Last In, First Out) ou UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair).

4. Monitoramento (o planejamento está sendo seguido?)

Depois de planejar, é o momento de controlar a produção e monitorar se tudo está seguindo o que foi estipulado. Para tanto, o PCP conta com duas principais estratégias: 

  • Controle Empurrado;
  • Controle Puxado.

 

Leia também:

Gargalo de produção: como reduzir problemas na indústria?

Eficiência industrial: 8 Erros que acabam com a produtividade

 

Quais são os benefícios proporcionados pelo PCP?

Quando o Planejamento e Controle de Produção é implementado de maneira correta, inúmeros benefícios podem ser obtidos, como por exemplo:

  • Melhora a gestão de matéria-prima, insumos e estoque em geral;
  • Contribui com o fluxo de materiais na linha de produção;
  • Reduz a necessidade de investimento em inventário;
  • Permite que melhores decisões sejam tomadas;
  • Reduz perdas e desperdícios na produção;
  • Diminui os custos operacionais;
  • Otimiza a produção, evitando ociosidade.

Como implementar o Planejamento e Controle de Produção?

Bom, mas se o PCP é capaz de promover essa série de melhorias, a pergunta que fica é: “como colocar em prática essa estratégia?”.

Acompanhe, a seguir, o passo a passo — que segue a mesma lógica dos 4 objetivos do PCP já citados — para adotar essa metodologia:

1. Previsão de demanda

A primeira etapa, como em todo tipo de planejamento, é colocar no papel! Por isso, comece estimando qual será o volume de vendas dentro do período que deseja analisar. Para tanto, basta fazer uma projeção para prever a demanda.

Dessa maneira, é possível estimar, por exemplo, a quantidade de materiais e a mão de obra necessárias para produzir o que se pretende.

2. Planejamento da capacidade produtiva

Depois de ter ideia de qual será o volume a ser produzido a curto, médio e longo prazo, sua empresa deve iniciar os ajustes de estoque e equipes para dar conta da produção.

Nesta etapa, portanto, é hora de identificar se será preciso aumentar a capacidade produtiva contratando mais pessoal, comprando mais máquinas ou, se pelo contrário, será preciso reduzir a mão de obra.

3. Planejamento agregado

O terceiro passo da implementação do PCP diz respeito à determinação da melhor estratégia de produção. 

Em geral, o planejamento agregado é feito anualmente e revisado todos os meses e tem como premissa criar um ponto de referência para tomar decisões referentes à demanda e à capacidade produtiva da empresa ao longo do ano.

Algumas das principais informações contempladas no documento são:

  • Volume de estoque e produção mensal;
  • Contratação e demissão de colaboradores;
  • Contratação de horas extras;
  • Contratos com fornecedores;
  • Contratos com serviços de logística.

4. Plano mestre 

Aqui, a intenção é focar nos planos de produção no curto prazo e de maneira operacionalizada. Assim sendo, a ideia é que sua empresa analise e direcione seus recursos para atender a demanda do período estabelecido.

Em outras palavras, o objetivo é garantir que a quantidade certa de itens seja produzida dentro do prazo estimado. Nesta fase é preciso contar com mais detalhes e definir quantias mais precisas.

5. Programação detalhada

Na quinta etapa do PCP é quando, de fato, o chão de fábrica começa a ser gerenciado, estando em foco a rotina e as atividades adotadas no dia a dia. De tal modo, é o momento de planejar com ainda mais precisão:

  • Quantidade de materiais;
  • Organização de estoque;
  • Lotes para produtos;
  • Sequência das ordens de produção;
  • Padrões e geração das ordens de produção.

6. Controle de produção

Agora que o planejamento já está 100% efetivado, é hora de monitorar a produção e verificar se tudo está acontecendo conforme foi estabelecido.

Para que isso seja feito, é preciso que sua equipe seja capaz de mensurar e analisar os dados obtidos a partir do sistema de gestão da fábrica. Dessa forma, problemas são identificados e o processo pode ser melhorado.

Além disso, tendo clareza quanto ao que, de fato, está acontecendo e sabendo se está ou não dentro do esperado, as decisões passam a ser tomadas com maior coerência, baseadas em fatos.

Da matéria-prima até as prateleiras

Depois de entender o que é Planejamento e Controle de Produção e descobrir como ele pode ser colocado em prática, deve estar evidente para você a importância de monitorar seu produto, não é mesmo?

E isso vale para todos os momentos da cadeia produtiva, desde a extração da matéria-prima até o momento em que ele chega às prateleiras para ser vendido ao consumidor final.

Assim, é fundamental estar atento ao processo e conhecer exatamente cada etapa desse ciclo. Vale ressaltar, inclusive, que é primordial contar com mão de obra qualificada e máquinas modernas para que o PCP seja preciso.

Além disso, equipamentos tecnológicos e que acompanham a evolução do mercado são capazes de reduzir o desperdício de insumos e otimizar a produção de forma exponencial.

Portanto, se você quer ter bons resultados, dê a devida atenção ao PCP, mas também não abra mão de investir em máquinas realmente eficientes!

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